Marcas: algumas curiosidades que talvez você não conheça!
Apesar de ser um assunto bastante sério, o universo do registro de marcas está repleto de casos polêmicos e, no mínimo, curiosos. A seguir, conheça alguns – atuais ou não, porque é sempre bom relembrar:
- Marcas olfativas
Normalmente, as marcas são classificadas como nominativas, figurativas, mistas ou tridimensionais, mas você sabia que já existem outros tipos, como as olfativas, sonoras, gustativas, entre outras?
Pois é! As olfativas ainda não possuem proteção da Lei brasileira, mas já são reconhecidas e, cada vez mais, discutidas em diversos países. Esta proteção é referente ao cheiro de determinado produto, para que possa identificá-lo no mercado e diferenciá-lo dos demais de diferentes marcas. Exemplos: aroma de flores para costura e bordado; cheiro de goma de mascar para fluidos à base de óleo para metalurgia; cheiro específicos de canetas coloridas ou colas em bastão; um perfume icônico.
- Marcas sonoras
Assim como existem as marcas olfativas, você pode esperar o mesmo das sonoras, apesar de não serem reconhecidas pelas leis brasileiras também. Aqui, pode-se fazer o registro do direito autoral, mas como as marcas utilizam sons, em comerciais televisivos, por exemplo, há uma discussão sobre como proteger os referidos sons ainda que não configurem uma música. Exemplos: “barulhinho” que aparece em todo comercial da Intel, multinacional de tecnologia americana, ou o que aparece na Rede Globo toda vez que o Brasil faz um gol.
Geralmente, esses sons são produzidos por empresas especializadas em sound branding.
- Marcas gustativas
Ainda não passíveis de registro no Brasil, essas marcas são atribuídas ao sabor de determinado produto, o que é facilmente percebido nas grandes marcas de fast food, que possuem um padrão de produção, portanto, se você comer o lanche “x” no Brasil, ele terá o mesmo sabor em qualquer outro lugar do mundo.
- Muito além do que você imagina
Fala-se muito que a marca identifica e caracteriza os produtos e serviços de uma determinada empresa ou profissional. No entanto, existem marcas conhecidas por apenas uma área em que atuam, como por exemplo, a sul-coreana Samsung. Sabia que a companhia não produz apenas aparelhos eletrônicos? É verdade, a empresa confecciona roupas (grifes Bean Pole International, 10 Corso Como e 8seconds); constrói refinarias de petróleo, estações de tratamento de água, usinas hidrelétricas e siderúrgicas (exemplos da Samsung Engineering); e produz edifícios, tanques de guerra e navios – a Samsung é a segunda maior empresa de fabricação de grandes embarcações.
- Fifa (ainda!)
Já tem quatro anos, mas ainda dá o que falar: quando a Fifa anunciou a realização da Copa de 2014 no Brasil, ninguém esperava que ela fosse registrar nada menos que 236 palavras do idioma português, entre elas, algumas bem polêmicas, como Natal 2014 (qual a relação?) e “pagode”, gênero musical brasileiríssimo e muito utilizado por cantores e grupos do estilo. No entanto, a Fifa esclareceu que, mesmo que a Lei dê direito de uso total e exclusivo a ela de tudo que foi registrado, a federação não tinha a intenção na época de impedir o uso por terceiros da palavra “pagode”, apenas se fosse utilizada comercialmente em associação ao evento da Copa.
- Top 5 das mais valiosas
Todo ano, são publicados alguns rankings com as empresas/marcas mais valiosas do mundo. De acordo com a revista Forbes, entre as primeiras colocadas de uma lista com 100 de 2018 estão, em ordem decrescente:
5 – Amazon (que ultrapassou a Coca-Cola), com 70,9 bilhões de dólares
4 – Facebook, com 94,8 bilhões de dólares
3 – Microsoft, com 104,9 bilhões de dólares
2 – Google, com 132,1 bilhões de dólares
1 – Apple, com 182,8 bilhões de dólares
A título de curiosidade, o KFC ficou na 100ª posição, com 7,4 bilhões de dólares. Juntas, as 100 marcas mais valiosas do mundo somam 2,5 trilhões de dólares, 10% a mais do que em 2017.
- Polêmica da Supreme
Apesar de ser uma grife conhecidíssima e de seus outfits custarem caro, a Supreme teve seus pedidos de registro de marca negados duas vezes na União Europeia e outras tantas nos Estados Unidos. Isso porque não é possível proteger termos que indiquem a qualidade de um produto, como por exemplo, o adjetivo “supreme”, pois o fabricante tenta assim atribuir uma característica a seu produto que pode ser de outros também, que não é exclusivo. Outro problema é a falta de distinção do logotipo: uma caixa vermelha com o texto em branco escrito com a fonte Futura, criada por Paul Renner no final dos anos 1920, e que já foi inclusive utilizada na década de 1980 por uma artista feminista chamada Barbara Kruger (“I shop therefore I am”).
- Com mais de 1000 anos!
Se as pessoas já ficam admiradas ao saberem que uma empresa ou marca tem mais de 100 anos, imagine descobrirem que há muitas com mais de 1000!?
Fundada em 1040, a cervejaria alemã Weihesntephan é a mais antiga em atividade no mundo. Já a Royal Mint foi fundada em 886 no Reino Unido e, desde então, é responsável pela cunhagem das moedas que circulam por lá. A empresa também fabrica medalhas comemorativas e para as Forças Armadas.
A japonesa Kongo Gumi é a mais antiga empresa do mundo em atividade. Fundada em 578, começou construindo templos e, durante a Segunda Guerra Mundial, precisou se adaptar. Nesta época, fabricava caixões.
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